:: RECUPERANDO A MORAL ::
Não duvide dos New England Patriots. Após a derrota na semana passada, muitos membros da mídia e torcedores afim já davam como certa a decaída do time. Alegava-se que a inconsistência da linha ofensiva, a ausência do jogo corrido, o playcalling ruim e a recuperação de Tom Brady como os fatores que decretariam a quebra da supremacia do time. Mas, como diz o poeta, os relatos do definhamento do time foram amplamente exagerados; e o que se viu em Foxborough neste domingo passado foi uma boa atuação do time, com vitória convincente sobre os Atlanta Falcons.
Os Falcons começam no ataque com boas jogadas: passe de 21 jardas de Matt Ryan para o RB Jason Snelling, e outro de 14 jardas para o WR Roddy White. O drive chega até a redzone – mais especificamente, na linha de 8 jardas – mas com passe incompleto para Brian Finneran na terceira descida, a pontuação fica a cargo do veterano Jason Elam – 3 a 0.
Os Patriots respondem logo em seguida, também através de field goal. O drive começa promissor, com passe de 19 jardas para Sammy Morris – no resto, é um misto de passes curtos de Brady para Kevin Faulk e Randy Moss, além de corridas de Laurence Maroney. No entanto, um dos problemas crônicos do time voltam a aparecer – ineficiência na red zone. Em 3rd and 5, o passe para Faulk percorre só duas jardas e os Pats tem que se contentar somente com o empate no placar.
Os Falcons não iriam deixar por menos; após uma das jogadas mais idiotas da história da arbitragem da NFL (um passe claramente incompleto interpretado como fumble e retornado por Shawn Springs para o TD), Matt Ryan conecta com Michael Jenkins em passe de 21 jardas. Depois, Michael Turner só precisou de 2 jardas para sacramentar, novamente, o empate.
Após three and out dos Pats, os Falcons voltam à carga; bons passes para Marty Booker e Finneran dão o tom do drive. Porém, o drive é marcado por um susto e uma surpresa: em corrida de 6 jardas de Turner, Mike Wright cai sobre Vince Wilfork, que torce o tornozelo. Ele sai do jogo – não há previsão de quantas semanas ele irá perder. Mas quem disse que a rush defense dos Pats iria sofrer ficou contrariado, porque duas jogadas depois o S Brandon McGowan (uma das gratas surpresas do time até agora na temporada) arranca a bola de Turner – fumble recuperado por James Sanders. No final, o time permitiu apenas 58 jardas corridas, em 17 tentativas – uma média de apenas 3,4 jardas por corrida. Uma estatística formidável, em se tratando de um time com um RB perigoso como Turner.
Os Pats capitalizam no turnover, mas o drive foi visivelmente frustrante para Tom Brady. Em primeiro lugar, um passe certeiro para TD de Joey Galloway é incompleto, devido ao fato do WR não estar com os dois pés no campo. Em seguida, outro passe dropado pelo WR veterano, e em seguida uma rota errada corrida por Sam Aiken significaram que Steve Gostkowski teve que garantir a produtividade do drive, com FG de 33 jardas – 13 a 10 para os Pats. A reação do QB dos Pats foi no mínimo, virulenta; com palavrões e reclamações para seus dois WRs.
No segundo tempo, mais do mesmo para os Pats; drive que caminha bem, mas péssima atuação na redzone. Desta vez, são dois passes incompletos para Moss (um quase interceptado, e uma fade route mal-executada). Outro FG e o placar era de 16 a 10. E a diferença não só foi apagada porque no drive seguinte, o TD de Ryan para Jenkins é (bem) anulado, após offensive pass interference. Com isso, o drive não prossegue; e os Pats voltam à ativa.
O que se segue é o lance que define o jogo. Após não conseguir o 1st down na linha de 24 jardas, tudo indicava que os Patriots iriam para o punt; afinal de contas, a vantagem era menor que um TD e a posição de campo seria excelente para Atlanta passar à frente no marcador. No entanto, Bill Belichick resolve agir com coragem; para devolver a confiança ao time, manda Sammy Morris correr pelo meio na quarta descida, conquistando o first down. O drive tem mais uma 4th down, desta vez na linha de 37 jardas de Atlanta – passe de 21 jardas para Moss. O drive, ultimamente, resulta em FG de 33 jardas – vantagem de 9 pontos para os Pats.
Os times então trocam three and outs (à exceção de um passe de 16 jardas para Tony Gonzalez, sua única recepção na partida); e com 11 restando para o final do jogo, os Pats enfim marcam o go-ahead TD. Excelente passe de Brady para Chris Baker, que faz um excelente trabalho ao improvisar uma rota diferente do combinado com o huddle. Brady finalmente acerta a bola longa – desta vez, foram 36 jardas para o TD. 26 a 10, e jogo encerrado.
Muitos destaques positivos: a linha ofensiva, que proveu excelente proteção para Brady (nenhum sack, ainda mais com a presença do perigoso John Abraham) e abriu os caminhos para o jogo corrido; a defesa contra passe, que limitou o excelente WR Roddy White a apenas 4 catches e 24 jardas) e, principalmente, a coragem do time na 4th and 1 mencionada anteriormente. Que este seja o momento de partida desta temporada. Que venham os Ravens!
Com a contusão de Vince Wilfork, que ainda não tem a gravidade conhecida, o Patriots tratou de reforçar a linha defensiva e trouxe o DT Terdell Sands (ex-Raiders) para dar profundidade ao grupo que já estava enfraquecido com a saída de Richard Seymour.
3 comentários
axo q agora vai, hein ..
Posted on 30 de setembro de 2009 às 19:51
relembrando, foi 200º touchdown do Brady (se eu estiver errado, foi mal.)
Posted on 30 de setembro de 2009 às 19:54
Bom jogo, time finalmente entrando no ritmo.Brady bem mais confortável mas ainda precisa se arrumar com a precisão, O-Line simplismente fantátisca, jogo corrido muito bem e até defesa segurando Michael Turner e Matt Ryan.
Se o time continuar a melhorar dessa forma poderemos ser fortes adversários ao Ravens.GO PATS
Posted on 30 de setembro de 2009 às 20:31