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Análise, Week 2...

Postado por Gustavo Alkmin On 15:26

:: DECEPÇÃO À SEGUNDA VISTA ::

Decepcionante. Em uma palavra, é assim que é possível resumir a derrota dos New England Patriots para os New York Jets, nas Meadowlands. Decepcionante não só pelo resultado negativo para os Pats, mas também pelo football apresentado. Quem esperava um shootout, cheio de jogadas bonitas e muita pontuação, ficou só no aguardo mesmo – já que o resultado de 16 a 9 não refletiu o potencial ofensivo de ambos os times.

A semana anterior ao jogo foi marcada por declarações polêmicas dos Jets, principalmente do técnico Rex Ryan, do safety Kerry Rhodes e do linebacker Bart Scott. Do lado dos Patriots, muito respeito de todos; à exceção do ex-safety Rodney Harrison, que se enfrentou com Twitter com Rhodes. Tudo levava a crer que seria um embate histórico – definido pelo próprio técnico dos Jets como o “Super Bowl” deles. Em campo, o time de Nova York deu peso às declarações, anulando ofensivamente os Patriots e conseguindo uma vitória importante sobre um rival de divisão.

Num dia perfeito para a prática do football, o jogo começa em polêmica: Rex Ryan escolhe três ex-jogadores dos Patriots como capitães de seu time. Alfinetada desnecessária, pois faz com que todas as vezes que policiais, bombeiros ou soldados são homenageados pelos capitães perder valor.

Mas era hora de bola rolando; e os Pats começam bem no ataque, com corridas de 20 e 12 jardas providas por Laurence Maroney, e passe de 19 jardas de Tom Brady para Joey Galloway. No entanto, fica por aí; o drive pára e Chris Hanson chuta a bola para o primeiro ataque dos Jets. Mike Wright mostra as credenciais defensivas dos Patriots, e na primeira jogada força um fumble em Mark Sanchez, recuperado por Alan Faneca. Encarando 27 jardas para o 1st down, os Jets não conseguem mover o marcador. O novo drive dos Pats também não consegue nada, e após three and out, os Jets retornam ao ataque.

Após o primeiro fumble, se esperava que os Jets conseguissem montar um drive mais longo; porém, aconteceu quase a mesma coisa do primeiro. Corrida de Leon Washington, mas o CB Leigh Bodden (um dos destaques do time nesta temporada, até agora) força o fumble e o recupera. Com a bola na linha de 17 jardas, era a hora de um TD para os Pats; porém, Steve Neal e Chris Baker colaboram com dois holdings de 10 jardas cada um, e a pontuação se resume a um FG de 45 jardas de Steve Gostkowski.

Após three and out para os Jets, os Pats voltam ao ataque querendo mais. E Tom Brady enxerga Randy Moss em single coverage, correndo na lateral direita – porém, o passe é overthrown e Darrelle Revis (um dos melhores CBs da atualidade) faz a interceptação. No entanto, mais uma vez os Jets não conseguem o first down – e no começo do segundo período, os Pats tinham novamente a posse de bola.

Se Wes Welker estava ausente do jogo, era a oportunidade perfeita para Julian Edelman aparecer – e não demorou muito, porque neste drive ele recebe bola de 29 jardas de Tom Brady. Infelizmente foi a única vez neste drive, porque na linha de 7 jardas e num 3rd and goal, Brady erra passe fácil para Edelman e é mais uma vez Gostkowski com o FG.

Os Jets finalmente conseguem um drive mais longo; três boas corridas de Thomas Jones (8,9 e 10 jardas) dão o tom. O QB reserva Brad Smith também contribui com uma corrida de 7 jardas em WR reverse, para colocar os Jets na linha de 14 jardas dos Patriots. Porém, isso é o mais perto da endzone que o time de Nova York consegue chegar; com um FG de 33 jardas, os Jets inauguram seu lado do placar. 9 a 3 para os Pats no final do primeiro tempo.

A partir do segundo tempo, as coisas começam a mudar. Na primeira jogada a partir da linha de scrimmage, Mark Sanchez acha Jerricho Cotchery livre, que quebra alguns tackles e completa o passe de 45 jardas. Uma jogada depois, Sanchez acha Dustin Keller no fundo da endzone para o TD de 9 jardas. Os Jets passam a frente, com 10 a 9.

Os Pats sentem o baque de levar a virada, e o que se segue é um conjunto de drives infrutíferos e faltas. Os Jets logo ampliam com mais um FG (seria um TD, se não fosse pelo challenge correto em cima de recepção de Chansi Stuckey) – e o drive seguinte dos Pats é sintomático do estado do time nesta partida. Fred Taylor colabora com boas corridas, mas dois delays of game seguidos destroem as esperanças de pontuação neste drive. Para completar, Randy Moss ainda é penalizado por face mask – mais 15 jardas.

Com novo FG no próximo drive, os Jets ampliam sua vantagem para 16 a 9 – um TD de diferença. Entrando no último período, é uma situação confortável para Tom Brady, que já venceu 29 jogos em que os Pats entraram no quarto período perdendo. Não foi desta vez, no entanto – e não foi por falta de oportunidades, porque a defesa dos Pats correspondeu e conseguiu parar os Jets em duas ocasiões (destaque para o sack de 9 jardas de Ty Warren).

Infelizmente o nosso poderoso ataque não funcionou – Tom Brady não pareceu confortável em nenhuma hora, a ausência de Wes Welker foi muito sentida (apesar da boa atuação de Julian Edelman, melhor jogador da partida para os Pats) e a nova aquisição Joey Galloway foi simplesmente desastrosa. Somente cinco recepções e outros tantos passes errados e drops – é necessário repensar a sua presença no time, já que a performance está muito abaixo da expectativa.

Porém, a falha principal do time nesta partida foi o playcalling ofensivo. O time usou basicamente a mesma formação ofensiva durante o jogo inteiro (3 WRs, no-huddle) – muito pouco, para um time com um grande repertório de armas ofensivas a serem usadas. As jogadas chamadas foram muito conservadoras – passes curtos, hitches, screens – nada que lembrasse o virtuosismo da campanha de 2007. É preciso arriscar mais no jogo aéreo: forçar mais bolas pelo meio, deep outs, bolas longas e slants. No jogo corrido, nem se fala: foram 47 passes, em detrimento de somente 20 jogadas pelo chão. É essencial que o playcalling seja mais variado, até para facilitar play actions e reduzir a margem de erro de LBs em coverage e secundária.

A defesa mais uma vez mostrou eficiência comedida – mas sem aparecer em momentos importantes .Pode-se argumentar que com o ataque poderoso dos Pats, a tolerância da defesa era maior, já que estávamos sempre jogando com liderança. Agora que o ataque não está com a mesma eficácia, é necessário que hajam mais big plays e firmeza. No entanto, julgo que está no caminho certo – o LB Gary Guyton está mostrando serviço numa posição dificílima, e a secundária está se transformando num dos pontos positivos. De negativo, mesmo, só a falta endêmica de pass rush.

Em resumo, os Pats precisam melhorar muito (principalmente ofensivamente) se querem se tornar nos contenders que todos esperam. E tem que ser rápido, porque no domingo que vem o adversário é forte: os ressurgidos Falcons, de Matt Ryan, Roddy White e Michael Turner.

Por: Paulo Bastos.

2 comentários

  1. O-Line caiu muito e quase não ajuda tanto no passe como no jogo corrido.Tom Brady continua a trabalhar em sua sintonia com o jogo, eles fez passes bons no jogo mas alguns voaram longe dos WRs.A Defesa melhorou bastante em comparação ao último jogo mas apesar da Front 7 ter feito um bom trabalho parando a corrida, faltou pressão no QB, além da Secundária continuar fraca.Até BB me decepcionou essa semana com um Playcall bem previsível e mandando corridas em conversões médias de 3rd Down.
    Derrota decepcionante mas espero que o time consiga se erguer pois temos ainda um Falcons e um Ravens pela frente.

    Posted on 22 de setembro de 2009 às 20:46

     
  2. raphael Said,

    essa defesa sem o Mayo, vai sofrer durante um tempo

    Posted on 23 de setembro de 2009 às 18:26

     

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